domingo, 27 de maio de 2012

Para descontrair...
 
AÍ!  Meu estômago!                                                Edilson Rodrigues Silva
- Doutor, eu não queria vir aqui não. Só estou aqui porque a minha patroa não me deixa em paz, ela acha que essa minha dor de estômago tem a ver com um velho hábito que eu tenho de colocar pimenta na comida. Ôxente! Eu acho que a mulher tá ficando maluca. Reclamou o paciente.
- Muito bem! Quer dizer então que o senhor gosta duma pimentinha não é? Quantas pimentas o senhor costuma colocar na comida. Perguntou o médico.
- Só um vidrinho doutor! Respondeu o controlado paciente. 

Uma pequena crônica
Janela ao sol. Estico o pescoço com dificuldades e olho para fora. Pessoas apressadas, buzinas, olhares fugidios.
Ouço vozes, muitas. Desconexas, sem fim nem começo.
Sinto cheiros estranhos. Não há mais o que se provar. Não há mais gostos, apenas releituras bizarras. Fedor.
Os toques são sempre involuntários. Esbarros. Ninguém teve a intenção. O emaranhado das relações parece mais novelos de lã embaraçados. Ninguém sabe onde tudo começa.
Estou cansado, minha vista dói. Não suporto mais essa confusão.
Encolho o pescoço, fecho a janela, olho para o quarto. O espelho no fundo revela-me. Descubro, então, que eu estava dentro de mim.
O plano infalível                                                                                                                            
Na sala escura o foco de luz do abajur iluminava o vulto dos dois homens. No centro da mesa onde eles se debruçavam estava o mais audacioso plano dos últimos tempos. A concentração era total. Nada, absolutamente nada poderia dar errado.
- A nossa melhor opção é nos concentrarmos aqui no lado direito. Muito sério e concentrado falou o primeiro homem.
 - Hummm! Pelo lado direito, não sei não. Acho melhor mudarmos um pouco a estratégia. Que tal focarmos no centro? Acredito que por lá as nossas chances de sucesso serão muito maiores. Comentou o segundo homem.
- A verdade é que nós temos um problema enorme em nossas mãos, o homem não fica parado, ele anda por todos os lados. Ele não passeia somente pelo lado direito, pelo lado esquerdo ou pela região central. Ele se movimenta muito. Reclamou o primeiro homem.
- As nossas opções estão se esgotando. Estamos ficando sem saída. E a nossa arma secreta? Será que esse não é momento certo de a colocarmos em pratica? Perguntou o segundo homem.
- A arma secreta? Nós ficamos de usá-la somente em último caso. Lembrou o primeiro homem.
- Eu sei meu camarada! Mas o momento é delicado. A chapa está ficando quente. Nós temos que usar a cabeça e fazermos alguma coisa urgentemente. Se vacilarmos mais uma vez nós estaremos fritos. O chefe não vai nos perdoar de jeito nenhum. Não podemos esperar nem mais um minuto. Temos que agir agora! Emendou o segundo homem.
- É! Eu acho que você tem razão. Vamos colocar a nossa arma secreta em ação, quem sabe assim a gente vai conseguir ter sucesso nessa operação. Concordou o primeiro homem.
- Ok! Nós vamos colocar o som do Tiaguinho, a música: Ousadia e Alegria ou som do João Lucas e Marcelo, o Eu quero Tchu!...Eu quero Tchá!...Tchu!...Tchá!...Tchá! Qual deles você acha que o Neymar vai parar para dançar? Só assim para fazer o homem parar. Só colocando um som que ele goste muito.  Disse o segundo homem da comissão técnica.
- Eu acho que é o segundo som, o do Tchu!...Tchá!...Tchá! Ele não vai resistir. Tenho certeza que ele vai parar para dançar. Concordou o primeiro homem da comissão técnica do time que ia fazer o próximo jogo contra o Santos de Neymar, Ganso e companhia.

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